Limoeirense Igor Cearense estreia como técnico no AM

Notícia do site g1

Como jogador, ele rodou praticamente o Brasil inteiro. Flamengo, Coritiba, Juventude, Figueirense, CRB e vários outros clubes. No Fortaleza, veio o apelido que carregaria como sobrenome para o restante da vida dentro do futebol. Este é Igor Cearense, que em 2010 chegou no Amazonas para jogar no Nacional-AM. E se o ditado que diz que "quem come o jaraqui não sai mais daqui" estiver certo, o nordestino Igor já é um especialista na iguaria amazônica.

Ele teve que trocar a água salgada do litoral cearense pela doce dos rios do Amazonas. E não se arrependeu. Já são cinco anos no estado. Em 2013, no Penarol-AM, decidiu pendurar as chuteiras, mas com um objetivo em mente: tornar-se treinador de futebol. O objetivo não era fácil. Estar entre os boleiros – como um deles – ajudou, claro, mas não tornou a missão menos complicada. Tanto que foram dois anos de estudo e preparo até o grande momento. 

Antes da preparação, quando atleta, Cearense teve aulas com grandes nomes do país. Abel Braga, Oswaldo de Oliveira, Muricy Ramalho, Silas e Jorginho são alguns dos professores que "lapidaram" o novo técnico.A estreia na nova função foi sem muito glamour, é verdade. Estreou no Manaus FC, clube recém-criado da capital amazonense e que disputa a primeira edição da Copa Amazonas – torneio estadual que vale uma vaga na Copa Verde de 2016. E até onde Igor Cearense quer chegar? 

– Eu me preparei. Espero dar sequência no trabalho. Se puder fazer como técnico metade do que fiz como jogador, ficaria muito feliz – resumiu o ex-meia, que jogou lado a lado de Edílson Capetinha, Júnior Baiano, Fábio Baiano, Zinho, Athirson, Aristizábal e outros. 

O primeiro adversário foi justamente o último treinador de quem Igor foi auxiliar. Marquinhos Piter, campeão amazonense com o Princesa do Solimões, em 2013. A estreia foi com vitória por 1 a 0, sem muito floreio e com um futebol ainda por evoluir, mas um começo cheio de ansiedade que ele garante não existir mais.

– Ficou no passado. Temos que trabalhar para apresentar um futebol melhor, apesar de eu preferir jogar feio e vencer do que dar espetáculo e não ganhar – disse.Igor acabou encontrando no Amazonas uma espécie de refúgio para o início de uma nova jornada. Uma oportunidade que não será esquecida por ele.

Fico muito feliz com a oportunidade que estou tendo no Manaus. O (Luís) Mitoso (dono do Manaus FC), me trouxe para o Amazonas quando ainda era presidente do Nacional-AM e me deu essa chance como treinador. Sinto-me bem, porque tenho a confiança de toda a diretoria. Espero poder dar sequência no trabalho – finalizou, sem falar sobre um possível retorno como treinador aos clubes onde fez história.